A gaseificação do gasoduto Campinas-Rio (Gascar), no trecho entre Taubaté (SP) e Japeri (RJ), realizada no último sábado (31/5), foi acompanhada de perto por Graça Foster diretora de Gás e Energia da Petrobras, e por Marcelo Rennó, diretor de Gás Natural da Transpetro. “Foi um momento de grande emoção. Este gasoduto tem história, principalmente pelas dificuldades que precisamos superar durante sua construção. Cumprimento todos pelo sucesso da atividade. Esta gaseificação ficará marcada na minha memória”, afirmou Graça Foster.
Silvio Moura Franco, gerente executivo de Gasodutos da Transpetro, além de André Cordeiro, gerente de Logística e Participações de Gás Natural, e outros dois gerentes da Petrobras, José Bernardino, de Engenharia/Iese, e Fortunato Vitiritti, de Setorial do Gascar, também acompanharam em Japeri a realização da atividade.
“A operação foi um sucesso. É o coroamento do trabalho desenvolvido pela Transpetro com cuidado, dedicação e profissionalismo das nossas equipes envolvidas na gaseificação. No período de um ano, este é o oitavo gasoduto cuja operação assumimos. Na seqüência, teremos outros três”, destacou Marcelo Rennó, referindo-se ao Catu-Atalaia, ao Revap-PQU e ao Japeri-Reduc.
Os diretores e gerentes assistiram ainda a uma apresentação sobre toda a etapa de gaseificação e pré-operação do Gascar realizada por Marco Antônio Blanco Faro, coordenador de Gasodutos da Malha Sudeste; e a uma simulação da gaseificação do duto, feita por Caetano Frisoli, gerente do Centro Nacional de Controle Operacional (CNCO).
O trecho Taubaté-Japeri do Gasoduto Campinas-Rio tem 255 km de extensão e 28 polegadas de diâmetro. A operação de gaseificação envolveu aproximadamente 100 pessoas e durou o dia inteiro, utilizando-se para isso cerca de 1 milhão m³ de gás. A injeção do produto oriundo da Bolívia foi feita na junção do trecho Campinas-Taubaté com o Taubaté-Japeri.
A entrada em operação do Taubaté-Japeri permitirá um aporte de até 1,6 milhão de m³/dia de gás ao mercado consumidor. O gasoduto possibilitará ainda um aumento da confiabilidade do suprimento de gás natural da região Sudeste. Dessa maneira, não será mais necessária a utilização de um serviço de compressão alugado.
Segundo Hélio Joaquim dos Santos, gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da Diretoria de Gás Natural, a equipe monitorou todas as informações necessárias para executar o serviço com êxito. “Além da pressão do gás, verificamos a sua temperatura. Esses cuidados ajudam a minimizar riscos de acidentes”, avaliou.
De acordo com Ottavio Maiuolo, gerente geral de Operações de Gasodutos, mais de 100 pessoas trabalharam não apenas em Taubaté como também em Japeri e no trecho entre as duas cidades. “Tivemos disponíveis três equipes de reparo a fim de intervir caso ocorresse algum problema”, explicou.
Eduardo Frederico Runte Junior, gerente dos Gasodutos da Malha Sudeste e Sul, afirmou que serão somados 250 quilômetros de dutos ao Sudeste, elevando a confiabilidade de suprimento na região. “Teremos de 2 a 3 milhões de metros cúbicos a mais por dia”.
Para Carlos Alberto de Farias, coordenador de Gasodutos da Malha São Paulo-Sul, o gasoduto é muito importante do ponto de vista da flexibilidade operacional, pois atenderá parte significativa da demanda das termoelétricas da região, além de residências e de veículos. “Devido ao aumento de produtividade, o consumo nacional do gás deve aumentar entre 5% e 7%”, finalizou.
O Gascar representa o segundo e último segmento do Gasoduto Campinas-Japeri, cujo primeiro trecho, o Replan-Taubaté, entrou em operação no dia 13 de julho de 2007. Após esta fase e a obtenção da licença operacional do Ibama, será solicitada a licença de operação na Agência Nacional de Petróleo Gás e Biocombustíveis (ANP), que possibilitará o início da operação comercial.