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Exposição e livro contam a trajetória de Barão de Mauá

Para dar a dimensão da importância da atuação do Barão de Mauá, e retratar a trajetória daquele que é considerado o símbolo do espírito empreendedor do século XIX, a Transpetro inaugurou a exposição Barão de Mauá – empreendedor, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Entre suas atitudes mais marcantes, Mauá se contrapôs a uma sociedade ainda escravocrata, rural e conservadora, com um ideal liberal de um projeto de sociedade republicano e industrial. Valorizou a mão-de-obra e o investimento em tecnologia, antecipando em quase um século o Brasil moderno.

O local escolhido para a exposição não poderia ser mais adequado. Em uma das salas da antiga sede do Banco do Brasil, na década de 1920, foi reunido um vasto acervo formado por documentos, fotos do barão, muitas delas nunca vistas pelo grande público brasileiro.

“As fotos remetem ao Brasil da época e contextualizam o barão no seu tempo. O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por exemplo, cedeu pela primeira vez uma peça muito significativa – o carrinho de mão e a pá de prata usada pelo imperador D. Pedro II na inauguração da primeira estrada de ferro do Brasil. Também merecem destaque as fotografias de George Ermakoff, fotógrafo atuante na metade do século XIX no Rio de Janeiro, assim como o retrato do barão”, explicou o designer Victor Burton, curador da exposição.

A exposição foi a forma mais lúdica de mostrar o conteúdo do livro “Barão de Mauá – o empreendedor”, escrito pelo historiador e jornalista Gilberto Mariongoni. A base da publicação, que está chegando às livrarias de todo o País, é sua tese de doutorado em História do autor sobre a Imprensa no Império.

“O Império brasileiro é meu foco principal de pesquisa, de análise e de estudo, porque as opções, as dificuldades, os impasses e os caminhos tomados no Império definiram o que é o Brasil de hoje nas áreas política e econômica. E o Mauá é um personagem presente naquele momento da História, tanto na vida econômica quanto cultural e política. Quanto mais se investiga mais se surpreende com ele. Mauá era um visionário num Brasil acanhado e sem mercado interno de porte. Fez dinheiro negociando com o Estado e o capital inglês. Sua vida e seus altos e baixos coincidem com as oscilações do Império brasileiro”, destacou.

A exposição Barão de Mauá – O Empreendedor pode ser visitada até o dia 10 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil, rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro. De terça-feira a domingo, das 10 às 21 horas. Entrada gratuita.