A entrada em operação da Hidrovia Tietê-Paraná, prevista para 2001, possibilitará uma sensível diminuição nos custos de transporte do etanol e um aumento na capacidade de exportação do produto, que passará a 12 milhões de m³/ano. A informação é do gerente de Desenvolvimento de Projetos da Transpetro, Ubiracyr de Oliveira Martins, que detalhou o projeto da hidrovia no Simtec 2008 (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira), realizado entre terça e sexta-feira (2 a 4 de julho), em Piracicaba, São Paulo, e que está na sua sexta edição.
De acordo com Martins, a opção pelo transporte em hidrovia proporciona ao País ganhos econômicos e ambientais. A Hidrovia Tietê-Paraná tem como principal objetivo o escoamento do etanol produzido nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Na palestra, foram destacados os principais pontos do projeto multimodal da hidrovia, que representa um novo paradigma na logística de transporte de etanol no Brasil.
A redução de custos em relação ao transporte rodoviário é, em média, de 40%. “Na Europa, as hidrovias são realidade já há muitas décadas”, afirmou o gerente. Além da Transpetro, que participa pela segunda vez do Simtec, representantes de 13 países, entre eles Argentina, Bolívia, Cuba, Honduras, Estados Unidos, Jamaica, Mauritius, Paraguai e República Dominicana também marcaram presença. O simpósio apresenta novas tecnologias, difunde as novidades do mercado e debate as perspectivas da cadeia produtiva sucroalcooleira no Brasil e no exterior.