A Operação Codajás, consolidada como uma das mais importantes ações logísticas para o abastecimento da Região Norte, completa 30 anos. A iniciativa, realizada por Transpetro e Petrobras, assegura o fornecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e o escoamento da produção de petróleo e gás natural de Urucu, garantindo segurança energética mesmo durante a seca severa dos rios amazônicos.
Criada em 1995, a operação enfrenta anualmente os desafios impostos pela vazante, mobilizando tecnologia, planejamento e equipes multidisciplinares para assegurar que o gás de cozinha chegue às comunidades e que a produção energética local não seja comprometida. O gás natural de Urucu é responsável por mais de 50% da energia gerada para o estado do Amazonas, reforçando o caráter estratégico da operação.
O diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Jones Soares, destaca a importância da mobilização permanente. “Ao longo de três décadas, temos superado as condições impostas pela vazante dos rios amazônicos com soluções tecnológicas e seguras. E mesmo em anos com menor impacto da vazante, como 2025, seguimos com planejamento, monitoramento e ações preventivas. Estamos sempre prontos para viabilizar o suprimento do gás de cozinha para a população da Região Norte, sem interrupções”, afirma.
O comitê técnico, formado por Transpetro, Petrobras e Marinha, monitorou diariamente níveis dos rios em diversos pontos e posicionou quatro navios estrategicamente em Manaus. Dois deles, Jorge Amado e Gilberto Freyre, são operados pela Transpetro, que também mobilizou embarcações de calado reduzido para atravessar áreas de baixa profundidade. As equipes realizaram medições no Rio Solimões e sondagens no Rio Madeira, garantindo navegabilidade nos trechos mais críticos.
O desempenho demonstra a eficiência da ação: entre setembro e outubro, mais de 60 mil toneladas de GLP e 129 mil m³ de petróleo foram transportados a partir do Terminal de Solimões, sem necessidade de transbordo em Codajás ou Itacoatiara.
A gerente da Transpetro responsável pelos Ativos do Amazonas e Pará, Laís Regina Tavares, reforça o alcance da iniciativa. “A estratégia da Operação Codajás vai além do GLP. Ela garante o escoamento da produção de Urucu, que inclui petróleo e gás natural, essencial para as termelétricas de Manaus. É uma mobilização coletiva que reafirma nosso compromisso com a segurança energética nacional”, explica.
Em 2024, mesmo enfrentando a maior seca em 74 anos, a Transpetro transportou mais de 16 mil toneladas de GLP em 21 operações com cinco navios gaseiros dedicados. O histórico evidencia a relevância da prontidão anual da Operação Codajás, que segue como referência em logística integrada, responsabilidade social e atuação sustentável na Amazônia.