Sediamos o 2° Fórum Nacional de Faixa de Dutos, nesta sexta-feira (29/11), na Academia Transpetro, para debater soluções inovadoras e eficientes para a gestão das faixas de dutos. Recebemos cerca de 80 representantes das principais empresas do setor de transporte de petróleo e gás do Brasil - como TBG, NTS, TAG, ESOM e Logum -, de mineradoras como Samarco e Anglo American, além da Petrobras.
O evento destacou-se como um espaço de conexão e aprendizado. Os participantes compartilharam boas práticas e discutiram desafios enfrentados pelo setor, como a gestão de áreas de servidão, a integração com comunidades locais e a implementação de medidas para aumentar a eficiência dos processos.
Na abertura do fórum, o gerente executivo de Manutenção, Integridade e Eficiência de Dutos e Terminais, Juter Isensee Neto, destacou a importância do evento, que oferece oportunidade de reflexão sobre os caminhos de uma atividade muito específica, que percorre quilômetros e atravessa comunidades e propriedades. “Pela responsabilidade e complexidade envolvidas, trata-se de uma disciplina que, na Transpetro, é abordada com a máxima seriedade. Essa troca com as demais empresas é de extrema importância, pois nos permite aprender e evoluir.”
O gerente de Manutenção de Infraestrutura de Dutos e Terminais, Fabio Moraes, enfatizou o protagonismo da Transpetro nessa discussão.
“A Transpetro tem história e presença nacional nas faixas de dutos, e está à frente de um evento que agrega valor na medida em que fortalece a integração entre players de mercado e outras entidades. O aumento no número de participantes e diversidade dos temas nesta segunda edição do Fórum revela uma tendência da indústria na busca pela melhor gestão dos ativos, com atenção à sociedade e ao meio ambiente”, avaliou.
O gerente setorial de Ativos Civis, Rodrigo Spagnolo, lembrou a importância do encontro: “Temos aqui uma representação significativa da malha de dutos do Brasil, abrangendo cerca de 11 mil quilômetros de faixa, considerando as empresas participantes. Somos responsáveis por essa extensa 'fazenda linear', que mantém uma relação direta com diversas pessoas”, enfatizou.
Boas práticas compartilhadas
O fórum reuniu quatro mesas-redondas, cada uma abordando aspectos específicos e cruciais das atividades relacionadas às faixas de dutos. Também ofereceu um espaço para que os participantes fizessem um tour virtual por atividades desenvolvidas pela companhia na área do transporte dutoviário e marítimo e conhecessem materiais de divulgação utilizados por nossas equipes no relacionamento com partes interessadas.
Nossos profissionais de diversas regiões do país compartilharam estudos e boas práticas já implementadas na companhia, promovendo um intercâmbio de experiências. João Paulo de Souza Batista e Tathiana Campolina, da Regional Rio Minas, destacaram o objetivo do relacionamento com as comunidades e demais públicos vizinhos às faixas:
“Minimizar a ação de terceiros, implementar uma cultura de convivência e corresponsabilidade e esclarecer as pessoas sobre os aspectos e impactos dos processos operacionais”, citou João Paulo. “Só vamos alcançar a corresponsabilidade e fazer com que as pessoas se sintam pertencentes àquele local se construirmos um relacionamento estável e consistente. Precisamos visitar o local diversas vezes, para conquistar essa reciprocidade”, complementou Tathiana, enfatizando que a proposta vai além de uma simples comunicação.
O gerente setorial de Manutenção de Faixa São Paulo Litoral, Thiago Santos, apresentou estudos sobre as vantagens da robotização da roçada. Segundo ele, a Transpetro realiza testes com robôs desde 2012 e já promoveu uma feira de negócios para estreitar relações com fornecedores e fomentar o desenvolvimento do mercado. “Aumentar a segurança e a produtividade, além de reduzir a exposição ao risco, são os principais benefícios do avanço da mecanização”, destacou.
André Luís Bandeira, da Gerência Setorial de Manutenção de Faixa da UO-Sul, destacou a automatização nos registros de ocorrências durante as inspeções nas faixas, o que reduz o trabalho manual e possibilita acesso a informações de forma confiável e rastreável, em tempo real. "Com um fluxo mais ágil, a gestão pode tomar decisões mais rapidamente e dimensionar as equipes de forma mais adequada", afirmou.
A força do coletivo
Os representantes das empresas do setor reconhecem a importância do fórum. O coordenador de Prevenção de Ação da Natureza e de Prevenção de Ação de Terceiros da TBG, Marcelo Moya, observou que cada um vem com uma experiência e todos crescem. “Estamos unidos para progredir. É um ganha-ganha que beneficia todo o setor”. Para Helton Carlos, da ESOM, juntar a comunidade de faixas é essencial para fortalecer a integridade dos dutos e das faixas no país. “Estamos transmitindo nossa expertise e perpetuando a cultura de valorização da integridade das faixas, promovendo interação entre as empresas.”
Segundo Melina Almeida, da Gerência de Engenharia de Dutos Terrestres (Edut) da Petrobras, a troca de conhecimentos proporcionará melhorias e redução de riscos. "Dada a dimensão continental que atravessamos, é fundamental considerar as diferentes realidades, compreender as demandas específicas e desenvolver projetos adaptados a essas condições", explicou Melina, que atua em projetos de furos direcionais.
Para a engenheira geotécnica da NTS Ana Paula Mikos, o fórum contribui para a busca de soluções diante dos diversos desafios em comum. “Foi muito bom e produtivo conhecer e reencontrar profissionais da área. Já saímos daqui com algumas reuniões agendadas para aprofundar determinados temas”, destacou.
O geólogo da NTS Mateus Viana, também avaliou positivamente o encontro, ressaltando que a interação foi bastante enriquecedora, especialmente no que diz respeito a novas tecnologias e ferramentas aplicadas ao setor. “Nesta edição, contamos ainda com a participação das mineradoras, o que agregou ainda mais valor ao nosso fórum”, completou.
Cuidado com as pessoas
Durante o Momento de Segurança, a gerente setorial das Faixas do Sul, Izaneidy Ribeiro, apresentou a atuação da Transpetro e as medidas adotadas pela companhia para apoiar a população gaúcha durante as enchentes no Rio Grande do Sul.
“Aprendemos que a gestão de faixa de dutos vai além de garantir a segurança do ativo. Também significa proteger a vida das pessoas que vivem nas áreas próximas às faixas. Por isso, é fundamental o trabalho dos profissionais e os processos de Relacionamento com as Partes Interessadas. Tiro o meu chapéu para as equipes de todo o Brasil. São maravilhosas!”