As fortes pancadas de chuva características do verão não têm dado trégua em várias regiões do País. Para manter a integridade das instalações, que operam de Norte a Sul do Brasil, a Transpetro necessita de um trabalho árduo de prevenção, além de grandes investimentos em tecnologia.
Estão instalados mais de 1.000 instrumentos geotécnicos estrategicamente posicionados ao longo dos quase 13.000 km de faixas de duto com o objetivo de indicar movimentações e alterações no nível de água no interior do solo. Os dados coletados são analisados e tratados para que nenhum dano seja causado às instalações e à força de trabalho local.
A localização dos instrumentos é resultado de um estudo prévio, sendo instalados exatamente nas regiões com maior potencial de risco e necessidade de acompanhamento. Entre os mais usados estão os inclinômetros, para medir o deslocamento horizontal do solo; os pluviômetros, para verificar o volume de chuvas; e os piezômetros e medidores de nível d’água, para aferir pressão e nível de água no interior do solo, respectivamente. Como a água infiltrada reduz a resistência e aumenta o peso do solo, o acompanhamento permite à Companhia se antecipar a possíveis escorregamentos.
Nova tecnologia
Além de contar com o auxílio dos aparelhos de medição, a Transpetro tem testado novas soluções para monitorar faixas de dutos e instalações. O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes) coordenou, na faixa de dutos Duque de Caxias-Betim (Orbel I), um teste da tecnologia conhecida como Vant, termo proveniente das iniciais de “veículo aéreo não tripulado”.
O teste verificou a qualidade de três modelos de Vant do tipo avião que, sem tripulação, puderam monitorar, fotografar e filmar trechos da faixa de dutos. Os veículos analisados mostraram estabilidade e atenderam às expectativas do Cenpes e da Transpetro. Um dos modelos verificados conseguiu gerar fotos por meio de uma câmera giratória 360°, que conta ainda com a ajuda de sensor de infravermelho para imagens noturnas.
O Cenpes e a Transpetro farão novos testes e avaliarão os resultados e a viabilidade técnica e econômica do projeto com o objetivo de aplicar essa tecnologia nas faixas de dutos da Companhia.