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Webinar debate questões sobre inclusão e autismo no ambiente de trabalho

A luta contra os mitos e preconceitos sobre pessoas neurodiversas dentro e fora do ambiente de trabalho foram pautas no Webinar ''Inclusão e Autismo: Desmistificando preconceitos''. O evento ocorreu no dia 17 de abril e a temática faz parte do calendário da Gerência Setorial de Diversidade. No mês em que é comemorado o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo (2/4), o evento foi pensado com o objetivo de promover reflexões sobreo tema, de olho em um ambiente de trabalho inclusivo e respeitoso, em que é valorizado as diferenças humanas, a partir das suas individualidades.   

O TEA, ou Transtorno do Espectro Autista, se refere à uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. Falar abertamente sobre essa temática é uma forma de desmistificar possíveis preconceitos. Segundo o gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), Raildo Viana, eventos educativos também desempenham um papel crucial na promoção de um ambiente de respeito e empatia. ''Ao abraçarmos a diversidade em todas as suas formas, nós fortalecemos não somente a nossa empresa, mas também contribuímos para um mundo mais justo, inclusivo e compassivo'', reforçou.   

O cuidado com as pessoas é um valor fundamental presente na Transpetro e está enraizado em muitos dos compromissos, políticas e direcionadores da companhia. De acordo com a gerente setorial de Diversidade, Aline Fernandes, a diversidade, equidade e inclusão são elementos indispensáveis e presentes no Plano Estratégico 2024-2028+. Aliados aos direitos humanos, tais temas se tornaram pautas permanentes da Alta Administração. ''Dentro da agenda de diversidade, nós temos o objetivo de ser uma empresa moral, responsável, inclusiva, atrativa, saudável/segura, inovadora e de alto desempenho'', afirmou Aline.   

O webinar foi conduzido pela palestrante externa, líder em Diversidade e Inclusão e terapeuta ocupacional, Anamaria da Costa, que apresentou a palestra ''Inclusão para além das siglas''. O evento foi direcionado de forma interativa, visando à participação de todos os expectadores. Anamaria esclareceu alguns conceitos importantes dentro da temática de neurodiversidade, principalmente em relação ao espectro do autismo. A líder afirmou que "não se trata de uma escala de quem é mais ou menos autista, e sim, fatores de desenvolvimento social que podem estar mais latentes ou não em cada indivíduo, como as habilidades sociais, a comunicação, a percepção, entre outros. É necessário fazer uma leitura individual. Nenhuma pessoa com autismo é igual a outra''.   

Não restringir as pessoas às suas deficiências é uma das indicações de Anamaria. O capacitismo é limitador e pode gerar grandes malefícios para o desenvolvimento dos indivíduos com TEA. ''A lei de cotas, além de possibilitar a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, garante a acessibilidade e a não discriminação desses indivíduos'', disse. Durante o webinar, a terapeuta deu algumas dicas de como abordar questões importantes com pessoas com autismo, no ambiente de trabalho, sendo a mais marcante delas o uso de uma linguagem direta, simples e sem metáforas. ''É preciso que o ambiente de trabalho seja inclusivo e seguro para todas as pessoas'', finalizou.   

Cuidando de quem cuida  

Além do cuidado com as pessoas neurodiversas, é necessário pensar também no apoio a quem cuida. O autismo envolve toda a família e pode ter um diagnóstico difícil inicialmente, gerando alguns sentimentos de negação, raiva ou mesmo depressão. Até o momento de aceitação, cada familiar envolvido pode passar por um processo, mas é extremamente importante que se busque entendimento sobre as condições e avalie como aquele indivíduo com TEA se sente confortável em se expressar. Para a gerente geral de Saúde, Marcele Pires, é imprescindível cuidar de si próprio, para assim, cuidar do outro. ''É necessário que se pratique uma autocompaixão, que se tenha um autoconhecimento sobre seus sentimentos e principalmente que exerça o autocuidado'', recomendou.   

A Transpetro oferece alguns programas que podem contribuir para o autocuidado. São eles: o teleatendimento de Psicologia, a ginástica laboral e o gympass, visando o bem-estar físico e mental dos trabalhadores e trabalhadoras, e os núcleos de atendimento social disponíveis nas regionais e na sede. Os periódicos de exames médicos, nutricionais e odontológicos também estão disponíveis para os empregados, que necessitam fazer um acompanhamento anual. É importante lembrar que cuidar da saúde física e mental também é autocuidado.